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2012 - Livro Vermelho 2013

Lellingeria suspensa (L.) A.R.Sm. & R.C.Moran LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 25-05-2012

Criterio:

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Apesar do baixo número de coletas para a espécie, Labiak e Prado (2005) afirmam que a espécie possui ampla distribuição geográfica, ocorrendo do Norte ao Sudeste brasileiro. Apesar do baixo número de coletas, muitas delas foram feitas em unidades de conservação. Dessa maneira, L. suspensa é considerada como menos preocupante quanto ao risco de extinção. Entretanto, deve-se ampliar o número de coletas para se entender a real distribuição da espécie, bem como o estado de conservação de suas subpopulações.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Lellingeria suspensa (L.) A.R.Sm. & R.C.Moran;

Família: Polypodiaceae

Sinônimos:

  • > Polypodium suspensum ;
  • > Polypodium jubaeforme ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Distribuição

A espécie ocorre nos estados Amapá, Bahia, Espírito Santo, São Paulo (Labiak; Hirai, 2012), Pará, Ceará e Minas Gerais (CNCFlora, 2011).A espécie tem ampla distribuição geográfica (desde o norte até o sudeste) e altitudinal, sugerindo que maior esforço de coleta pode ampliar a distribuição de ocorrência para outros locais, tais como as regiões centrais da Amazônia e do nordeste (Labiak; Prado, 2005)

Ecologia

A espécie é epífita (Labiak; Prado, 2005), embora tenha registro da espécie com hábito rupícola (CNCFlora, 2011)Os registros botânicos indicam que a espécie ocorre em locais úmidos como beira de córregos e igarapés e em locais sombreados (CNCFlora, 2012).

Ameaças

6.3 Water pollution
Detalhes A espécie foi encontrada próxima ao rio Timbuí, no qual Mendes e Padovan (2000) informam estar poluído

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O principal uso do solo no município de Santa Teresa é de lavouras permanentes, principalmente café, seguido por pastagens naturais. A maioria das propriedades é de pequeno e médio porte, possuindo entre 10 e 50ha. Em 1976 o município de Santa Teresa tinha 22086 ha de floresta natural e 8432ha de capoeira (30518ha no total). Em 1991, as florestas nativas ocupavam pelo menos 23000 ha (Mendes; Padovan, 2000). Em 2010, tinha 14332 ha de floresta no total (SOS Mata Atlântica 2011).

1.1 Agriculture
Detalhes Hoje, grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividade humana realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura (Paciencia; Prado, 2005). Estima-se que a região tenha 30.000ha de cobertura florestal (Paciência; Prado, 2005), 40.000ha em estágio inicial de regeneração e 200.000ha em área de pasto e outras culturas, especialmente cacau (Theobroma cacao L.), seringa (Hevea brasiliensis Muell. Arg.), piaçava (Attalea funifera Mart.) e dendê (Elaeis guianeensis Jacq.) (Alger; Caldas, 1996). Especificamente em Una, 27% da cobertura florestal é ocupada por pasto, 15% de floresta em estágio inicial de regeneração, 6% de plantação de cacau e 2 de plantação de seringa (Pardini, 2004). A maioria das propriedades particulares são fazendas de cacau, o principal produto da agricultura (Paciência; Prado, 2005)

6.1 Atmospheric pollution
Detalhes Partes da Serrado Mar de São Paulo encontram-se vegetação alterada por conta da poluição oriundado município de Cubatão, localizado no sopé da serra. Em especial, as áreasmais afetadas são o vale do Rio Mogi, junto a vila de Paranapiacaba e os ParquesRepresa Billings , Parque Miami e Jardim Riviera (PMSA, 2008)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Extinta, lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: ​A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: RPPN Caminho das Pedras, RPPN Serra Bonita, BA, Estação Biológica Santa Lúcia, ES, Estação Ecológicas do Grão Parpa, PA (CNCFlora, 2011), Estação Biológica de Paranapiacaba e Estação Biológica de Boracéia, SP (Labiak; Prado, 2005)

Referências

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2008-2010. 2011. 122 p.

- PARDINI, R. Effects of forest fragmentation on small mammals in an Atlantic Forest landscape. Biodiv. Conserv., n. 13, p. 2567-2586, 2004.

- PACIÊNCIA, M. L. B.; PRADO, J. Effects of forest fragmentation on pteridophyte diversity in a tropical rain forest in Brazil. Plant Ecology, v. 180, p. 87-104, 2005.

- ALGER, K.; CALDAS, M. Cacau na Bahia: Decadência e ameaça a Mata Atlântica. Ciência Hoje, v. 20, n. 117, p. 28-35, 1996.

- LABIAK, P. H.; PRADO, J. As espécies de Lellingeria A.R. Sm. & R.C. Moran (Grammitidaceae - Pteridophyta) do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 28, n. 1, p. 1-22, 2005.

- PMSA - PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRé. Sumário de dados de Paranapiacaba e Parque Andreense - 2008, 2008.

- MENDES, S. L.; PADOVAN, M. P. A Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, n. 11/12, p. 7-34, 2000.

- LABIAK, P. H.; HIRAI, R. Y. Polypodiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB091537>.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E.; VIANA, M. M. Polypodiaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Lellingeria suspensa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Lellingeria suspensa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 25/05/2012 - 19:43:17